terça-feira, 23 de novembro de 2010

Métodos anticoncepcionais / Doenças sexualmente transmissíveis

Métodos anticoncepcionais

DIU


O dispositivo intrauterino (DIU) é um dispositivo de controle da natalidade que é colocado no útero de uma mulher por um médico. Pode ficar no útero por 1 a 10 anos. Normalmente é feito de plástico ou metal com um fio preso a ele. Alguns DIUs contêm cobre ou progesterona, um hormônio feminino. O DIU previne a gravidez mudando o ambiente físico da área da reprodução. Estas mudanças impedem que o ovo seja fertilizado ou implante e cresça no útero. Houve alguma controvérsia a respeito do uso do DIU devido a sua associação com infecções pélvicas. Se alguma vez teve hemorragia menstrual intensa, uma infecção em qualquer de seu órgãos reprodutivos (ovários, útero, tuba uterina), ou uma gravidez tubária, fale com seu médico sobre os riscos de usar um DIU.


Fonte:http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3366&ReturnCatID=1784

Pílulas anticoncepcionais


Os anticoncepcionais são amplamente utilizados por uma grande quantidade de mulheres como forma de prevenir a gravidez e também os sintomas da TPM, acne, endometriose, cólica e síndrome dos ovários policísticos. Versatilidade, praticidade e alta eficácia são os principais fatores que levam as mulheres, orientadas por seus médicos, a optarem por eles.
Geralmente em forma de pílulas, estas possuem derivados sintéticos de hormônios que impedem a ação do LH e FSH, inibindo o amadurecimento dos óvulos e, consequentemente, a ovulação.
Uma cartela costuma ter 21, 24 ou 28 pílulas. No caso destes dois primeiros exemplos, a mulher deve ingerir a primeira no início da menstruação, e continuar seu uso, sempre no mesmo horário, até o fim da cartela. Após este período, deve haver uma pausa de uma semana - ou quatro dias, no caso da cartela de 24 pílulas - retornando logo em seguida. A menstruação ocorre no intervalo entre uma cartela e outra. Se tratando de 28 pílulas, estas devem ser ingeridas sem intervalos entre cartelas sendo que, ao final de cada uma delas, a menstruação ocorre.
No caso de se esquecer da ingestão de uma das pílulas, em um intervalo menor do que 12 horas, o ideal é tomá-la assim que se lembrar. Caso este horário seja extrapolado, é interessante também adotar um método de barreira, como a camisinha, por uma semana.
Assim como qualquer outro fármaco, o uso da pílula anticoncepcional só deve ser feito sob orientação médica, principalmente considerando que se trata de um método hormonal, e que pode causar efeitos colaterais indesejáveis, e até mesmo graves. Além disso, seu uso concomitante com outros medicamentos, ou a utilização desta por determinados grupos de pessoas, pode interferir na eficácia do método, ou mesmo causar problemas de saúde. Mulheres fumantes e usuárias de pílulas anticoncepcionais, por exemplo, têm mais probabilidade de sofrerem de tromboses e embolias pulmonares.
Observação: a pílula anticoncepcional não previne doenças sexualmente transmissíveis.





Camisinha Masculina





Métodos contraceptivos são utilizados para evitar uma gravidez, e a escolha de um método para evitá-la necessita ser feita com auxílio médico, pois ele pode indicar a melhor opção para cada caso.

A prevenção de uma gravidez não planejada é essencial, principalmente para adultos, jovens sexualmente ativos e adolescentes.
É importante saber quais os métodos existentes antes de optar por algum deles. Os métodos contraceptivos são divididos em comportamentais (tabelinha), de barreira (preservativo, diafragma), dispositivo intra-uterino, métodos hormonais e cirúrgicos.

Camisinha Feminina






Camisinha feminina (em cima) e camisinha masculina (embaixo).


A camisinha feminina, apesar de não ser tanto popular quanto a masculina, também é um método contraceptivo de barreira, prevenindo assim a contaminação pelo vírus da AIDS e outros micro-organismos causadores de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Lançada no Brasil em dezembro 1997, um dos motivos pela sua aceitação no mercado não ter sido tão boa se refere ao preço, bem mais elevado que o da outra. Além disso, vergonha em adquiri-la, dificuldade no manuseio, e a própria estética também são fatores que contribuíram para tal.
Feita de poliuretano, é mais resistente, menos espessa, inodora e hipoalergênica. Tem também como vantagem o fato de poder ser utilizada durante a menstruação; cobrir uma área maior, protegendo ainda mais a mulher; e a possibilidade de ser introduzida até oito horas antes da relação sexual. Levando em consideração o argumento de que colocar a camisinha masculina “corta o clima”, esta é uma grande vantagem que a feminina possui.
De tamanho maior que o da camisinha masculina (15 centímetros de comprimento e oito de diâmetro), tem formato cilíndrico, com anéis flexíveis nas extremidades. Uma destas, fechada, será introduzida próximo ao colo do útero; e a outra, ficará disposta fora da vagina. Bastante lubrificada, não fornece desconforto - desde que seja manuseada corretamente.
Após a ejaculação, deve ser retirada. É indicado que se dê uma leve torcida no material, para evitar o vazamento do esperma; embrulhe e deposite no lixo.
Observação: assim como a masculina, a camisinha feminina não deve ser reutilizada.

Anel Vaginal







O anel vaginal é um método contraceptivo que segue basicamente os mesmos princípios da pílula anticoncepcional, sendo indicado a mulheres que não querem utilizá-la, ou tendem a se esquecer de fazer seu uso diário. Isso porque ele é introduzido na região vaginal, permanecendo ali por três semanas, retirado (momento que ocorre a menstruação) e substituído após uma semana de intervalo. Possui grande eficácia (de 99,6% a 99,8%), não oferece incômodo e tampouco atrapalha o ato sexual.

Transparente, é feito de silicone bastante flexível, de diâmetro externo de 54 mm e espessura de 4 mm. Libera constantemente baixas doses de estrógeno e progesterona, sendo estes absorvidos pela mucosa vaginal, impedindo a ovulação. Também aumentam o muco dessa região, dificultando a passagem dos espermatozoides.
Além disso, diminui o fluxo menstrual e reduz a incidência de cólicas. Como sua absorção não se dá na região gastrointestinal, seus efeitos colaterais tendem a ser mais baixos. Alguns destes são: aumento de peso, acne, alterações de humor, dores nas mamas, dores de cabeça, náuseas, vaginite e expulsão natural do anel.
É contraindicado a mulheres com problemas de varizes, epiléticas, hipertensas, diabéticas, obesas, imunodeprimidas, lactentes e acima do peso.
Importante:
Esse método não previne infecções por micro-organismos causadores de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Como qualquer outro anticoncepcional à base de hormônios, é recomendada a indicação médica.






Diafragma






O diafragma, um método anticoncepcional de barreira, é uma cúpula rasa feita de silicone (ou látex), com bordas firmes e flexíveis. Cobrindo o colo do útero, impede a passagem dos espermatozoides, evitando a fecundação. Além de prevenir contra a gravidez, não tem efeitos hormonais, seu uso pode ser interrompido a qualquer momento, é relativamente fácil de ser usado, pode ser colocado em até seis horas antes da relação sexual, não é sentido pelo parceiro, e pode durar por até dois anos.
Alguns estudos preliminares afirmam que o diafragma pode diminuir a manifestação de doenças como a gonorreia, doença inflamatória pélvica aguda e câncer de colo de útero, este por evitar uma possível passagem do HPV para esta região. Porém, como a vulva e a parede vaginal não são protegidas, a camisinha se mostra, ainda, o único método anticoncepcional com alta eficácia de prevenção contra DSTs.
Largamente utilizado antes do advento das pílulas anticoncepcionais, este método se mostra seguramente eficaz neste sentido, quando utilizado da forma correta. Quanto a isso, primeiramente a mulher deve se consultar com um médico ginecologista, a fim de verificar se há alguma contraindicação e, caso não exista, receber as orientações de uso e checar o tamanho exato do diafragma que deverá adquirir.





Coito Interrompido



Coito Interrompido é o método de contracepção que consiste em retirar o pênis da vagina antes da ejaculação para impedir a deposição de sêmen no interior da mesma. É um método que tem sido utilizado amplamente pelos últimos 2.000 anos, apesar de não ser muito seguro. Além de ser difícil saber o momento certo de retirar o pênis, uma pequena quantidade de esperma pode ser eliminada durante as carícias que antecedem a ejaculação. As desvantagens que o método pode causar é uma gravidez indesejada, caso o esperma eliminado durante as preliminares caia na região da vagina; às vezes é necessário mais estímulos para a mulher conseguir o orgasmo; não proporciona proteção contras as doenças sexualmente transmissíveis; o homem pode não conseguir controlar a ejaculação. A vantagem é que pode ser utilizado por qualquer pessoa que sentir vontade, ou não tiver acesso a outras formas de contracepção. Alguns homens o adotam a fim de protegerem suas parceiras quanto aos efeitos adversos dos contraceptivos.




Pílula do dia seguinte




A pílula do dia seguinte ou pílula de emergência é um contraceptivo utilizado por mulheres que tiveram relações sexuais sem qualquer tipo de proteção ou ainda por mulheres que tiveram sua proteção rompida. A pílula é tomada em dose única ou em duas doses, obedecendo a um intervalo de 12 horas entre a tomada da primeira pílula e a segunda. O efeito da pílula é eficaz, mas depende da rapidez com que é tomada. Nas primeiras 24 horas a pílula é eficaz em 95%, de 25 a 48 horas após a relação a eficácia da pílula cai para 85% e diminui mais ainda quando é tomada de 49 a 72 horas, chegando a 58% de eficácia. Após o período de 72 horas, a pílula de emergência não consegue mais atuar no organismo. Como o próprio nome diz, a pílula deve ser utilizada apenas em situações de emergência, pois sua utilização contínua pode provocar reações indesejáveis e prejudiciais ao organismo. Algumas mulheres, mesmo utilizando a pílula em casos de emergência, ainda podem apresentar sinais como dor de cabeça, vômito, náuseas e sangramento. É importante ressaltar que a pílula do dia seguinte não inibe a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, sendo sua finalidade a inibição da ovulação somente. A utilização da camisinha em todo ato sexual é extremamente importante, pois é o único contraceptivo capaz de prevenir doenças e gravidez. A utilização da pílula do dia seguinte é alvo de muita polêmica, pois alguns médicos afirmam que a pílula tem efeito abortivo já que a fecundação se dá antes do blastócito atingir o útero materno. Outros especialistas no assunto afirmam que a pílula possui somente efeito de impedimento da fecundação, não cabendo a destruição do blastócito.


Fonte: Brasil Escola


Doenças sexualmente transmissíveis


Introdução
As doenças venéreas, também conhecidas como DST ( Doenças Sexualmente Transmissíveis ) são infecções transmitidas através de relações sexuais. Vírus, fungos, protozoários e bactérias são os principais agentes causadores destes tipos de moléstias.
Uma das principais formas para se evitar tais doenças é o uso correto e freqüente de preservativos. Os vírus, bactérias e fungos acabam sendo transportados pelo sêmen e por fluídos sexuais. Desta forma, a utilização da camisinha, tanto masculina quanto feminina, impede a transmissão dos agentes causadores.
Estas doenças devem ser tratadas de forma rápida e correta, pois o desenvolvimento delas no corpo humano podem acarretar sérios problemas de saúde. Infertilidade, doenças neonatais, câncer anogenital, comprometimento do aparelho reprodutor e até mesmo a morte.
Segue abaixo uma relação das principais DSTs:


Sífilis


O agente causador da sífilis é uma bactéria conhecida como Treponema pallidum. No início, a doença ataca as vias urinárias e genitais, podendo, caso não tratada, espalhar-se para o sistema cardiovascular e nervoso. Gerando uma infecção generalizada, pode levar o doente a morte. Nas mulheres doentes, o aborto e o parto prematuro são algumas das conseqüências.


Gonorréia


Está doença ocorre após o contato com a bactéria conhecida por Neisseria gonorrheae. Causa um grave inflamação na uretra e, quando não tratada, pode espalhar-se pelo sistema genital, vias urinárias, reto e articulações. Se não tratada corretamente, a doença se desenvolve, podendo levar o doente a outros problemas como, meningite, problemas cardíacos e artrite.


Clamídia


A bactéria Chlamydia trachomatis é o agente causador da doença. Ela ataca os canais urinários e sistema genital, causando inflamação nestas áreas. Se não tratada, pode chegar a uma infecção crônica, gerando a infertilidade no homem. Em mulheres, as complicações também são graves: infertilidade, dores pélvicas, formação de abscessos, entre outras complicações.


Tricomona


Esta doença é causada por um protozoário do gênero Trichomonas Donne. Este protozoário pode instalar-se nos sistemas genital e digestivo. Provoca quadros inflamatórios na uretra dos homens e no canal vaginal das mulheres. Embora não acarrete complicações mais sérias em sua fase evolutiva, a doença pode facilitar a disseminação da infecção por HIV.


Candidíase


Esta doença é uma das causas mais comuns de infecção genital. Os sintomas são coceira, ardor e corrimento vaginal semelhante a nata do leite. É mais comum em mulheres, causando inchaço e vermelhidão no órgão sexual feminino. As lesões podem se espalhar pela virilha. Apesar do mais comum ser a transmissão via relação sexual, existem outros fatores que colaboram para isso: uso de anticoncepcionais, antibióticos, obesidade, diabetes melitus, gravidez e uso de roupas justas. O principal agente da doença é o fungo Candida albicans.


Fonte:http://www.suapesquisa.com/dst/


Aids


Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causado pela infecção crônica do organismo humano pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus).O vírus compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por celulas cancerígenas).Com a progressiva lesão do sistema imunológico o organismo humano se torna cada vez mais susceptível a determinadas infecções e tumores, conhecidas como doenças oportunísticas, que acabam por levar o doente à morte. A fase aguda (após 1 a 4 semanas da exposição e contaminação) da infecção manifesta-se em geral como um quadro gripal (febre, mal estar e dores no corpo) que pode estar acompanhada de manchas vermelhas pelo corpo e adenopatia (íngua) generalizada (em diferentes locais do organismo). A fase aguda dura, em geral, de 1 a 2 semanas e pode ser confundida com outras viroses (gripe, mononucleose etc) bem como pode também passar desapercebida.Os sintomas da fase aguda são portanto inespecíficos e comuns a várias doenças, não permitindo por si só o diagnóstico de infecção pelo HIV, o qual somente pode ser confirmado pelo teste anti-HIV, o qual deve ser feito após 90 dias (3 meses) da data da exposição ou provável contaminação.


Fonte:http://www.dst.com.br/pag08.htm


Herpes


Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões com frequência são muito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local. A primeira crise é, em geral, mais intensa e demorada que as subsequentes. O caráter recorrente da infecção é aleatório (não tem prazo certo) podendo ocorrer após semanas, meses ou até anos da crise anterior. As crises podem ser desencadeadas por fatores tais como stress emocional, exposição ao sol, febre, baixa da imunidade etc. A pessoa pode estar contaminada pelo virus e não apresentar ou nunca ter apresentado sintomas e, mesmo assim, transmití-lo a(ao) parceira(o) numa relação sexual.


Fonte:http://www.dst.com.br/pag03.htm


HPV


Infecção causada por um grupo de vírus (HPV - Human Papilloma Viruses) que determinam lesões papilares (elevações da pele) as quais, ao se fundirem, formam massas vegetantes de tamanhos variáveis, com aspecto de couve-flor (verrugas).Os locais mais comuns do aparecimento destas lesões são a glande, o prepúcio e o meato uretral no homem e a vulva, o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher.Em ambos os sexos pode ocorrer no ânus e reto, não necessariamente relacionado com o coito anal.Com alguma frequência a lesão é pequena, de difícil visualização à vista desarmada (sem lentes especiais), mas na grande maioria das vezes a infecção é assintomática ou inaparente, sem nenhuma manifestação detectável pelo(a) paciente.


Fonte:http://www.dst.com.br/pag05.htm

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Japão

Logo após a Segunda Grande Guerra, a economia internacional começou a passar por profundas transformações. Elas caracterizam a Terceira Revolução Industrial, diferenciando-a das duas anteriores, uma vez que engloba mudanças que vão muito além das transformações industriais.

Essa nova fase apresenta processos tecnológicos decorrentes de uma integração física entre ciência e produção, também chamada de revolução tecnocientífica.
Os avanços da robótica e da engenharia genética são incorporados ao processo produtivo, que depende cada vez menos da mão-de-obra e cada vez mais de alta tecnologia, pautada por um princípio básico: a produção deve combinar novas técnicas com máquinas cada vez mais sofisticadas, a fim de produzir mais com menos recursos e menos mão-de-obra.

Revoluções do passado

A Revolução Industrial foi o processo caracterizado pela mudança de uma economia agrária, baseada no trabalho manual, para uma economia dominada pela indústria mecanizada. Teve início na Inglaterra, país que, por volta de 1760, adiantou sua industrialização em 50 anos, em relação ao continente europeu, e assumiu uma posição de vanguarda na expansão colonial.
Essa Revolução caracteriza-se pelo uso de novas fontes de energia, pela invenção de máquinas que aumentam a produção, pela divisão e especialização do trabalho, pelo desenvolvimento do transporte e da comunicação e pela aplicação da ciência na indústria.
Em pouco tempo, os novos modos de produção, marcados pela passagem da manufatura à indústria mecânica, se espalharam pelo mundo. Recordando a história desses novos meios de produção, podemos dividir a Revolução Industrial em três períodos:
# Primeira Revolução Industrial (1760-1860) - A energia movida a vapor foi usada na extração de minério, na indústria têxtil e na fabricação de uma grande variedade de bens que, antes, eram feitos à mão. O navio a vapor substituiu a escuna e a locomotiva a vapor substituiu os vagões puxados a cavalo. O trabalho físico começou a ser transformado em força mecânica. Teve início o funcionamento do primeiro instrumento universal de comunicação quase instantânea, o telégrafo.
# Segunda Revolução Industrial (1860-1900) - É caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização em diversos países: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Estados Unidos e Japão. O destaque ficou com a eletricidade e a química, resultando em novos tipos de motores (elétricos e à explosão), no aparecimento de novos produtos químicos e na substituição do ferro pelo aço. Houve o surgimento das grandes empresas - que, por vezes, se organizavam em cartéis (grupos de empresas que, mediante acordo, buscam determinar os preços e limitar a concorrência) -, do telégrafo sem fio e do rádio.
As duas primeiras revoluções industriais tinham por objetivo usar a tecnologia para produzir produtos baratos e em grandes quantidades. A substituição do trabalho braçal, na primeira, e o desenvolvimento de sofisticadas estratégias gerenciais, na segunda, não visavam substituir trabalhadores por máquinas, uma vez que os trabalhadores desempenhavam papel central e indispensável no processo produtivo.

Novas tecnologias

O impacto das novas tecnologias da Terceira Revolução Industrial não se restringe apenas às indústrias, mas afeta as empresas comerciais, as prestadoras de serviços e, até mesmo, o cotidiano das pessoas comuns. Ou seja, trata-se de uma revolução muito mais abrangente. Em termos de magnitude e abrangência, a Terceira Revolução Industrial não se restringe a alguns países europeus, aos EUA e ao Japão, mas se espalha pelo mundo todo. É causa e, ao mesmo tempo, conseqüência da globalização.
Na atual fase da revolução, o modo de produção difere tanto da produção artesanal - em que os trabalhadores, com o uso de ferramentas manuais, fabricam cada produto, um de cada vez, de acordo com as especificações do comprador - quanto da produção industrial ou em massa - na qual os trabalhadores operam equipamentos que produzem produtos padronizados e em grandes quantidades.
Na fase contemporânea da Revolução Industrial, busca-se combinar as vantagens das produções artesanal e industrial, evitando o alto custo da primeira e a inflexibilidade da última. A produção usa metade do esforço humano na fábrica, metade do espaço físico e há investimentos maciços em equipamentos.
Com a aplicação das novas descobertas científicas no processo produtivo, ocorre a ascensão de atividades que empregam alta tecnologia. Como exemplos, temos a informática, que produz computadores e softwares; a microeletrônica, que fabrica chips, transistores e produtos eletrônicos; a robótica, que cria robôs para uso industrial; as telecomunicações, que viabilizam as transmissões de rádio e televisão, a telefonia fixa e móvel e a Internet; a indústria aeroespacial, que fabrica satélites artificiais e aviões; e a biotecnologia, que produz medicamentos, plantas e animais manipulados geneticamente.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial-tecnologia.jhtm

Toyotismo

Após o desenvolvimento do Fordismo nos Estados Unidos, na primeira metade do século XX, o Japão se encontrou em um cenário totalmente desfavorável à implementação desse sistema de produção. O Fordismo tinha como característica principal, a produção em massa, sendo necessários enormes investimentos e uma grande quantidade de mão-de-obra.

Ora, o Japão tinha um pequeno mercado consumidor. Além disso, o país não possui uma grande quantidade de matérias-prima, inviabilizando assim, o princípio fordista da produção em massa.
Elaborado por Taiichi Ohno, o toyotismo surgiu nas fábricas da montadora de automóvel Toyota, após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, esse modo de produção só se consolidou como uma filosofia orgânica na década de 70. O toyotismo possuía princípios que funcionavam muito bem no cenário japonês, que era muito diferente do americano e do europeu.
O toyotismo tinha como elemento principal, a flexibilização da produção. Ao contrário do modelo fordista, que produzia muito e estocava essa produção, no toyotismo só se produzia o necessário, reduzindo ao máximo os estoques. Essa flexibilização tinha como objetivo a produção de um bem exatamente no momento em que ele fosse demandado, no chamado Just in Time. Dessa forma, ao trabalhar com pequenos lotes, pretende-se que a qualidade dos produtos seja a máxima possível. Essa é outra característica do modelo japonês: a Qualidade Total.
A crise do petróleo fez com que as organizações que aderiram ao toyotismo tivessem vantagem significativa, pois esse modelo consumia menos energia e matéria-prima, ao contrário do modelo fordista. Assim, através desse modelo de produção, as empresas toyotistas conquistaram grande espaço no cenário mundial.

Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/toyotismo.htmp

A demografia do Japão

O Japão tem uma elevada densidade populacional (337,23 hab./km2), já que a área do país, com apenas 377 835 km2, é ocupada por 127 463 611 habitantes.

As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 9,37%o e 9,16%o. A esperança média de vida é de 81,25 anos. Estima-se que, em 2025, a população diminua para 120 235 000 habitantes. O Japão é um país etnicamente homogéneo, pois os japoneses correspondem a 99% da população. O xintoísmo (51%) e o budismo (38%) são as religiões mais representativas. A língua oficial é o japonês.

As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 9,37%o e 9,16%o. A esperança média de vida é de 81,25 anos. Estima-se que, em 2025, a população diminua para 120 235 000 habitantes. O Japão é um país etnicamente homogéneo, pois os japoneses correspondem a 99% da população. O xintoísmo (51%) e o budismo (38%) são as religiões mais representativas. A língua oficial é o japonês.O crescimento anual da população - 0,25 p. 100 entre 1990 e 1995 - ainda diminuiu para atingir 0,1 p. 100 em 2005: é taxa mais baixa do mundo asiático. O índice de fecundidade estava, 2007, de 1,40 criança por mulher, e para o mesmo ano, ele considera à 15 p. 100 a parte os menos de 15 anos na população total e 20,6 p. 100 a das pessoas idosas de 65 anos e mais. Acrescentados à uma esperança de vida média que atinge 78,1 anos para os homens e 84,8 anos para as mulheres, estes números traem o envelhecimento da população japonesa, cujas repercussões sobre o plano económico e social são pesadas.
Com efeito, de acordo com às previsões demográficas mais recentes, a população total japonesa deveria ainda aumentar até em 2007, para atingir mais de 128 milhões de habitantes.
Deveria seguidamente começar a diminuir para mais não se criar único à cerca de 60 milhões de pessoas em 2051, com uma percentagem de pessoas idosas mais de 65 anos de superior ao terço da população global. Os Japoneses pertencem ao ramo dito mongoloïde, como os Chineses e os Coreanos, muito nse distinguindo por particularidades físicas e linguísticas. A origem do povoamento do arquipélago japonês é de resto muito complexa, e permanece parcialmente ainda um mistério: os dados históricos, linguísticos e arqueológicos deixam pensar que brassage dos povos tem-se feito muito cedo, sem que seja possível determinar com certeza as diferentes vagas de povoamento e a sua proveniência. O Aïnu, população cujas origens, provavelmente mais próximas do Australoïdes que do Mongoloïdes, são particularmente difíceis de determinar, constituem o único grupo indígena importante. Séculos de guerra, seguidamente uma assimilação por casamentos intercommunautaires, fazem que hoje únicos cerca de milhares entre eles subsistem, para a maior parte Hokkaido. Os estrangeiros que residem ao Japão eram quase 1,5 milhão em 1997, entre os quais as comunidades coreanas (645 000 pessoas em 1997, ou seja 43,5 p. 100 do total dos imigrantes) e chinesas (252 000 pessoas em 1997,17 p. 100), implantadas há muito tempo, são mais importante. Hoje, os grupos de imigração em constante aumento são os vindas do Brasil (233 000 pessoas em 1997) e as Filipinas (93 000 pessoas em 1997). Os Americanos representam mal 3 p. 100 da população de origem estrangeira.

Cidade japonesa. Encarta
Fonte: http://www.voyagesphotosmanu.com/populacao_japonesa.html

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Revolução Industrial

A substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a Revolução Industrial; revolução, em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica.

A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII.

Etapas da industrialização

Podem-se distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial:

1760 a 1850 – A Revolução se restringe à Inglaterra, a "oficina do mundo". Preponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor.

1850 a 1900 – A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica, França, Ale­manha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia. Cresce a concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O trans­porte também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor.

1900 até hoje – Surgem conglomerados industriais e multinacionais. A produção se automatiza; surge a produção em série; e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação. Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica

Artesanato, manufatura e maquinofatura

O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu no fim da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção.
A manufatura resultou da ampliação do consumo, que levou o artesão a aumentar a produção e o comerciante a dedicar-se à produção industrial. O manufatureiro distribuía a matéria-prima e o arte­são trabalhava em casa, recebendo pagamento combinado. Esse comerciante passou a produzir. Primeiro, contratou artesãos para dar acabamento aos tecidos; depois, tingir; e tecer; e finalmente fiar. Surgiram fábricas, com assalariados, sem controle sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.
Na maquinofatura, o trabalhador estava sub­metido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial.

O pioneirismo inglês


Quatro elementos essenciais concorreram para a industrialização: capital, recursos naturais, mercado, transformação agrária.
Na base do processo, está a Revolução Inglesa do século XVII. Depois de vencer a monarquia, a burguesia conquistou os merca­dos mundiais e transformou a estrutura agrária. Os ingleses avançaram sobre esses mercados por meios pacíficos ou militares. A hegemonia naval lhes dava o controle dos mares. Era o mercado que comandava o ritmo da produção, ao contrário do que aconteceria depois, nos países já industrializados, quando a produção criaria seu próprio mercado.
Até a segunda metade do século XVIII, a grande indústria inglesa era a tecelagem de lã. Mas a primeira a mecanizar-se foi a do algodão, feito com matéria-prima colonial (Estados Uni­dos, Índia e Brasil). Tecido leve, ajustava-se aos mercados tropicais; 90% da produção ia para o exterior e isto representava metade de toda a exportação inglesa, portanto é possível perceber o papel determinante do mercado externo, principalmente colonial, na arrancada industrial da Inglaterra. As colônias contribuíam com matéria-prima, capitais e consumo.
Os capitais também vinham do tráfico de escravos e do comércio com metrópoles colonialistas, como Portugal. Provavelmente, metade do ouro brasileiro acabou no Banco da Inglaterra e financiou estradas, portos, canais. A disponibilidade de capital, associada a um sistema bancário eficiente, com mais de quatrocentos bancos em 1790, explica a baixa taxa de juros; isto é, havia dinheiro barato para os empresários.
Depois de capital, recursos naturais e merca­do, vamos ao quarto elemento essencial à industrialização, a transformação na estrutura agrária após a Revolução Inglesa. Com a gentry no poder, dispararam os cercamentos, autorizados pelo Parlamento. A divisão das terras coletivas beneficiou os grandes proprietários. As terras dos camponeses, os yeomen, foram reunidas num só lugar e eram tão poucas que não lhes garantiam a sobrevivência: eles se transforma­ram em proletários rurais; deixaram de ser ao mesmo tempo agricultores e artesãos.
Duas conseqüências se destacam: 1) diminuiu a oferta de trabalhadores na indústria doméstica rural, no momento em que ganhava impulso 0 mercado, tornando-se indispensável adotar nova forma de produção capaz de satisfazê-lo; 2) a proletarização abriu espaço para o investimento de capital na agricultura, do que resultaram a especialização da produção, o avanço técnico e o crescimento da produtividade.
A população cresceu, o mercado consumidor também; e sobrou mão-de-obra para os centros industriais.

Mecanização da Produção


As invenções não resultam de atos individuais ou do acaso, mas de problemas concretos coloca­dos para homens práticos. O invento atende à necessidade social de um momento; do contrário, nasce morto. Da Vinci imaginou a máquina a vapor no século XVI, mas ela só teve aplicação no ,século XVIII.
Para alguns historiadores, a Revolução Industrial começa em 1733 com a invenção da lançadeira volante, por John Kay. O instrumento, adaptado aos teares manuais, aumentou a capacidade de tecer; até ali, o tecelão só podia fazer um tecido da largura de seus braços. A invenção provocou desequilíbrio, pois começa­ram a faltar fios, produzidos na roca. Em 1767, James Hargreaves inventou a spinning jenny, que permitia ao artesão fiar de uma só vez até oitenta fios, mas eram finos e quebradiços. A water frame de Richard Arkwright, movida a água, era econômica mas produzia fios grossos. Em 1779, S Samuel Crompton combinou as duas máquinas numa só, a mule, conseguindo fios finos e resistentes. Mas agora sobravam fios, desequilíbrio corrigido em 1785, quando Edmond Cartwright inventou o tear mecânico.
Cada problema surgido exigia nova invenção. Para mover o tear mecânico, era necessária uma energia motriz mais constante que a hidráulica, à base de rodas d’água. James Watt, aperfeiçoando a máquina a vapor, chegou à máquina de movi­mento duplo, com biela e manivela, que transformava o movimento linear do pistão em movimento circular, adaptando-se ao tear.
Para aumentar a resistência das máquinas, a madeira das peças foi substituída por metal, o que estimulou o avanço da siderurgia. Nos Esta­dos Unidos, Eli Whitney inventou o descaroça­dor de algodão.
Fonte: http://www.culturabrasil.org/revolucaoindustrial.htm

Propagação de calor: Radiação

O calor (energia térmica), sempre que houver desequilíbrio de temperatura, propagará de um lugar de maior temperatura para outro de temperatura menor. Por exemplo, quando colocamos uma panela com água no fogo para esquentar, podemos observar a propagação de calor de três modos diferentes. Por condução: o calor do fogo se propaga para a panela que está em contato com ele; este calor se propaga também por condução para a água, que está em contato com a panela. Por convecção: a água que está em contato com o fundo da panela se aquece, sua densidade diminui (fica mais leve) e ela sobe, enquanto a água fria da superfície (mais pesada) desce para o fundo. Por irradiação: se tiramos a panela do fogo e aproximamos a mão de seu fundo, sentiremos um aumento de temperatura. Quando estamos na luz do sol também podemos perceber a irradiação de calor, pois sentimos o calor irradiado do Sol. Como sabemos, entre a Terra e o Sol não existe matéria (chama-se a ausência de matéria de "vácuo"). Logo, o calor do Sol, não chega até a Terra por condução através de algum tipo de material. Nem por convecção, pois este tipo de transporte de calor também exige o transporte de matéria. A este processo de transferência de calor na ausência de matéria chamamos de "irradiação". Em geral, todas as coisas irradiam calor. No entanto, a irradiação de uns é maior que a de outros, devido ao fato de ter a temperatura mais alta. O calor em forma de radiação se propaga até encontrar matéria, que poderá absorvê-lo. São exemplos o ar aquecido pela luz solar (que é o mais importante dos fenômenos responsáveis pelas variações de temperatura do meio ambiente) e a pele aquecida pela radiação do fogo.
Idéia do experimento
A idéia é mostrar que existe irradiação de calor produzida pela chama de uma vela. Para isso chega-se a mão próximo e ao lado da chama da vela e sente-se o aumento de temperatura na mão. Excluí-se a possibilidade da energia térmica chegar até a mão pelo ar por condução ou convecção , pois o ar é mau condutor de calor e o ar aquecido sobe em vez de ir para os lados ou para baixo. Logo, concluí-se que o calor chegou até a mão por irradiação.

Material
-Uma vela
-Fósforo para acender a vela

Montagem

Acenda a vela e a fixe em algum local.
Chegue a mão próximo e ao lado da chama da vela e sinta a temperatura da mão aumentar.

Comentários
Tanto pelos lados, como por baixo, o efeito de aquecimento principal é o calor proveniente da irradiação.
Pode-se passar rapidamente a mão numa região imediatamente acima da chama; observa que o aquecimento é bem maior, pois além da irradiação, também existe a propagação de calor pela convecção do ar.
Fonte: http://sosfisica.blogspot.com/2008/08/propagao-de-calor-por-irradiao.html

Cores quentes?

Se você ficar exposto ao Sol com roupas escuras, acabara sentindo mais calor, pois quanto mais escuros são os tecidos, mais ondas eletromagnéticas eles captam, e vice-versa - ou seja, quanto mais claros, menos ondas absorvem.
Um corpo capaz de absorver praticamente toda a energia radiante e nele incide é denominado corpo negro ou radiador ideal.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sistema Endócrino

Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sangüínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo.

Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas corporais. Freqüentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino, juntamente com o sistema nervoso, atuam na coordenação e regulação das funções corporais.
Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios
Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios no homem são a hipófise, o hipotálamo, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas.

Hipófise ou pituitária




Situa-se na base do encéfalo, em uma cavidade do osso esfenóide chamada tela túrcica. Nos seres humanos tem o tamanho aproximado de um grão de ervilha e possui duas partes: o lobo anterior (ou adeno-hipófise) e o lobo posterior (ou neuro-hipófise).
Imagem: AVANCINI & FAVARETTO. Biologia – Uma abordagem evolutiva e ecológica. Vol. 2. São Paulo, Ed. Moderna, 1997.


Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-endócrinos, alguns hormônios, produzidos pela hipófise são denominados trópicos (ou tróficos) porque atuam sobre outras glândulas endócrinas, comandando a secreção de outros hormônios. São eles:
Tireotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina tireóide.
Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula endócrina adrenal (supra-renal)
Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas.
Somatotrófico: atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a concentração de glicose no sangue (inibe a produção de insulina pelo pâncreas, predispondo ao diabetes).
Imagem: CÉSAR & CEZAR. Biologia 2. São Paulo, Ed Saraiva, 2002

Hipotálamo

Localizado no cérebro diretamente acima da hipófise, é conhecido por exercer controle sobre ela por meios de conexões neurais e substâncias semelhantes a hormônios chamados fatores desencadeadores (ou de liberação), o meio pelo qual o sistema nervoso controla o comportamento sexual via sistema endócrino.
O hipotálamo estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), que atuam sobre as gônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais na corrente sanguínea. Na mulher a glândula-alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário; no homem, são os testículos. Os hormônios gonadais são detectados pela pituitária e pelo hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônio pituitário, por feed-back.
Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e está subordinada, por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o sistema endócrino é subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o mediador entre esses dois sistemas.

O hipotálamo também produz outros fatores de liberação que atuam sobre a adeno-hipófise, estimulando ou inibindo suas secreções. Produz também os hormônios ocitocina e ADH (antidiurético), armazenados e secretados pela neuro-hipófise.

Tireóide

Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do controle da concentração sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.

Paratireóides

São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região posterior da tireóide. Secretam o paratormônio, que estimula a remoção de cálcio da matriz óssea (o qual passa para o plasma sangüíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a concentração de cálcio no sangue. Neste contexto, o cálcio é importante na contração muscular, na coagulação sangüínea e na excitabilidade das células nervosas.

As glândulas endócrinas e o cálcio

Adrenais ou supra-renais
São duas glândulas localizadas sobre os rins, divididas em duas partes independentes – medula e córtex - secretoras de hormônios diferentes, comportando-se como duas glândulas. O córtex secreta três tipos de hormônios: os glicocorticóides, os mineralocorticóides e os androgênicos.

Pâncreas

É uma glândula mista ou anfícrina – apresenta determinadas regiões endócrinas e determinadas regiões exócrinas (da porção secretora partem dutos que lançam as secreções para o interior da cavidade intestinal) ao mesmo tempo. As chamadas ilhotas de Langerhans são a porção endócrina, onde estão as células que secretam os dois hormônios: insulina e glucagon, que atuam no metabolismo da glicose.

Imagem: AMABIS & MARTHO. Conceitos de Biologia Volume 2. São Paulo, Editora Moderna, 2001.
Fonte : http://www.afh.bio.br/endocrino/endocrino1.asp

Homeostase


Quando um organismo tem qualquer alteração em seu metabolismo, isso pode significar muitos problemas. Os sistemas apresentam propriedades especiais que devem ser mantidas para que funcionem adequadamente. Se a pressão sobe, deve baixar; se há muito sal, deve-se diminuí-lo; se o corpo esquenta, deve esfriar. Para todas essas e outras circunstâncias, o indivíduo tem mecanismos para reverter a função alterada para padrões adequados, considerados normais. A estabilidade das funções de um organismo, garantida por mecanismos fisiológicos e comportamentais é chamada de homeostase.

Por exemplo: qual a temperatura homeostática do corpo humano?
É a nossa temperatura normal, ou seja, por volta de 36 graus.
Fonte: http://www.algosobre.com.br/biologia/homeostase-e-controle-termico.html

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Revolução Industrial

A substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a Revolução Industrial; revolução, em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica.
A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII.

Etapas da industrialização

Podem-se distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial:

1760 a 1850 – A Revolução se restringe à Inglaterra, a "oficina do mundo". Preponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor.

1850 a 1900 – A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica, França, Ale­manha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia. Cresce a concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O trans­porte também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor.

1900 até hoje – Surgem conglomerados industriais e multinacionais. A produção se automatiza; surge a produção em série; e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação. Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica

Artesanato, manufatura e maquinofatura

O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu no fim da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção.
A manufatura resultou da ampliação do consumo, que levou o artesão a aumentar a produção e o comerciante a dedicar-se à produção industrial. O manufatureiro distribuía a matéria-prima e o arte­são trabalhava em casa, recebendo pagamento combinado. Esse comerciante passou a produzir. Primeiro, contratou artesãos para dar acabamento aos tecidos; depois, tingir; e tecer; e finalmente fiar. Surgiram fábricas, com assalariados, sem controle sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.
Na maquinofatura, o trabalhador estava sub­metido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial.

O pioneirismo inglês

Quatro elementos essenciais concorreram para a industrialização: capital, recursos naturais, mercado, transformação agrária.
Na base do processo, está a Revolução Inglesa do século XVII. Depois de vencer a monarquia, a burguesia conquistou os merca­dos mundiais e transformou a estrutura agrária. Os ingleses avançaram sobre esses mercados por meios pacíficos ou militares. A hegemonia naval lhes dava o controle dos mares. Era o mercado que comandava o ritmo da produção, ao contrário do que aconteceria depois, nos países já industrializados, quando a produção criaria seu próprio mercado.
Até a segunda metade do século XVIII, a grande indústria inglesa era a tecelagem de lã. Mas a primeira a mecanizar-se foi a do algodão, feito com matéria-prima colonial (Estados Uni­dos, Índia e Brasil). Tecido leve, ajustava-se aos mercados tropicais; 90% da produção ia para o exterior e isto representava metade de toda a exportação inglesa, portanto é possível perceber o papel determinante do mercado externo, principalmente colonial, na arrancada industrial da Inglaterra. As colônias contribuíam com matéria-prima, capitais e consumo.
Os capitais também vinham do tráfico de escravos e do comércio com metrópoles colonialistas, como Portugal. Provavelmente, metade do ouro brasileiro acabou no Banco da Inglaterra e financiou estradas, portos, canais. A disponibilidade de capital, associada a um sistema bancário eficiente, com mais de quatrocentos bancos em 1790, explica a baixa taxa de juros; isto é, havia dinheiro barato para os empresários.
Depois de capital, recursos naturais e merca­do, vamos ao quarto elemento essencial à industrialização, a transformação na estrutura agrária após a Revolução Inglesa. Com a gentry no poder, dispararam os cercamentos, autorizados pelo Parlamento. A divisão das terras coletivas beneficiou os grandes proprietários. As terras dos camponeses, os yeomen, foram reunidas num só lugar e eram tão poucas que não lhes garantiam a sobrevivência: eles se transforma­ram em proletários rurais; deixaram de ser ao mesmo tempo agricultores e artesãos.
Duas conseqüências se destacam diminuiu a oferta de trabalhadores na indústria doméstica rural, no momento em que ganhava impulso 0 mercado, tornando-se indispensável adotar nova forma de produção capaz de satisfazê-lo a proletarização abriu espaço para o investimento de capital na agricultura, do que resultaram a especialização da produção, o avanço técnico e o crescimento da produtividade.
A população cresceu, o mercado consumidor também; e sobrou mão-de-obra para os centros industriais.

Mecanização da Produção

As invenções não resultam de atos individuais ou do acaso, mas de problemas concretos coloca­dos para homens práticos. O invento atende à necessidade social de um momento; do contrário, nasce morto. Da Vinci imaginou a máquina a vapor no século XVI, mas ela só teve aplicação no ,século XVIII.
Para alguns historiadores, a Revolução Industrial começa em 1733 com a invenção da lançadeira volante, por John Kay. O instrumento, adaptado aos teares manuais, aumentou a capacidade de tecer; até ali, o tecelão só podia fazer um tecido da largura de seus braços. A invenção provocou desequilíbrio, pois começa­ram a faltar fios, produzidos na roca. Em 1767, James Hargreaves inventou a spinning jenny, que permitia ao artesão fiar de uma só vez até oitenta fios, mas eram finos e quebradiços. A water frame de Richard Arkwright, movida a água, era econômica mas produzia fios grossos. Em 1779, S Samuel Crompton combinou as duas máquinas numa só, a mule, conseguindo fios finos e resistentes. Mas agora sobravam fios, desequilíbrio corrigido em 1785, quando Edmond Cartwright inventou o tear mecânico.
Cada problema surgido exigia nova invenção. Para mover o tear mecânico, era necessária uma energia motriz mais constante que a hidráulica, à base de rodas d’água. James Watt, aperfeiçoando a máquina a vapor, chegou à máquina de movi­mento duplo, com biela e manivela, que transformava o movimento linear do pistão em movimento circular, adaptando-se ao tear.
Para aumentar a resistência das máquinas, a madeira das peças foi substituída por metal, o que estimulou o avanço da siderurgia. Nos Esta­dos Unidos, Eli Whitney inventou o descaroça­dor de algodão.

Revolução Social

A Revolução Industrial concentrou os trabalhadores em fábricas. O aspecto mais importante, que trouxe radical transformação no caráter do trabalho, foi esta separação: de um lado, capital e meios de produção (instalações, máquinas, matéria-prima); de outro, o trabalho. Os operários passaram a assalariados dos capitalistas (donos do capital).
Uma das primeiras manifestações da Revolução foi o desenvolvimento urbano. Londres chegou ao milhão de habitantes em 1800. O progresso deslocou-se para o norte; centros como Manchester abrigavam massas de trabalhadores, em condições miseráveis. Os artesãos, acostumados a controlar o ritmo de seu trabalho, agora tinham de submeter-se à disciplina da fábrica. Passaram a sofrer a concorrência de mulheres e crianças. Na indústria têxtil do algodão, as mulheres formavam mais de metade da massa trabalhadora. Crianças começavam a trabalhar aos 6 anos de idade. Não havia garantia contra acidente nem indenização ou pagamento de dias para­dos neste caso.
A mecanização desqualificava o trabalho, o que tendia a reduzir o salário. Havia freqüentes paradas da produção, provocando desemprego. Nas novas condições, caíam os rendimentos, contribuindo para reduzir a média de vida. Uns se entregavam ao alcoolismo. Outros se rebelavam contra as máquinas e as fábricas, destruídas em Lancaster (1769) e em Lancashire (1779). Proprietários e governo organizaram uma defesa militar para proteger as empresas.
A situação difícil dos camponeses e artesãos, ainda por cima estimulados por idéias vindas da Revolução Francesa, levou as classes dominantes a criar a Lei Speenhamland, que garantia subsistência mínima ao homem incapaz de se sustentar por não ter trabalho. Um imposto pago por toda a comunidade custeava tais despesas.
Havia mais organização entre os trabalhadores especializados, como os penteadores de lã. Inicialmente, eles se cotizavam para pagar o enterro de associados; a associação passou a ter caráter reivindicatório. Assim surgiram as tradeunions, os sindicatos. Gradativamente, conquistaram a proibição do trabalho infantil, a limitação do trabalho feminino, o direito de greve.
Fonte: http://www.culturabrasil.pro.br/revolucaoindustrial.htm

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Conflitos no governo de D. Pedro 1º

Introdução
O Primeiro Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro I. Tem início em 7 de setembro de 1822, com a Independência do Brasil e termina em 7 de abril de 1831, com a abdicação de D. Pedro I.O governo de D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para consolidar a independência, pois no Primeiro Reinado ocorrem muitas revoltas regionais, oposições políticas internas.
Bandeira do Brasil no Primeiro Reinado


Reações ao processo de Independência
Em algumas províncias do Norte e Nordeste do Brasil, militares e políticos, ligados a Portugal, não queriam reconhecer o novo governo de D. Pedro I. Nestas regiões ocorreram muitos protestos e reações políticas. Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí e Bahia ocorreram conflitos armados entre tropas locais e oficiais.


Constituição de 1824
Em 1823, durante a elaboração da primeira Constituição brasileira, os políticos tentaram limitar os poderes do imperador. Foi uma reação política a forma autoritária de governar do imperador. Neste mesmo ano, o imperador, insatisfeito com a Assembléia Constituinte, ordenou que as forças armadas fechassem a Assembléia. Alguns deputados foram presos.D.Pedro I escolheu dez pessoas de sua confiança para elaborar a nova Constituição. Esta foi outorgada em 25 de março de 1824 e apresentou todos os interesses autoritários do imperador. Além de definir os três poderes (legislativo, executivo e judiciário), criou o poder Moderador, exclusivo do imperador, que lhe concedia diversos poderes políticos.A Constituição de 1824 também definiu leis para o processo eleitoral no país. De acordo com ela, só poderiam votar os grandes proprietários de terras, do sexo masculino e com mais de 25 anos. Para ser candidato também era necessário comprovar alta renda (400.000 réis por ano para deputado federal e 800.000 réis para senador).


Guerra da Cisplatina
Este foi outro fato que contribuiu para aumentar o descontentamento e a oposição ao governo de D.Pedro I. Entre 1825 e 1828, o Brasil se envolveu na Guerra da Cisplatina, conflito pelo qual esta província brasileira (atual Uruguai) reivindicava a independência. A guerra gerou muitas mortes e gastos financeiros para o império. Derrotado, o Brasil teve que reconhecer a independência da Cisplatina que passou a se chamar República Oriental do Uruguai.


Confederação do Equador
As províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará formaram, em 1824 a Confederação do Equador. Era a tentativa de criar um estado independente e autônomo do governo central. A insatisfação popular com as condições sociais do país e o descontentamento político da classe média e fazendeiros da região com o autoritarismo de D.Pedro I foram as principais causas deste movimento.Em 1824, Manuel de Carvalho Pais de Andrade tornou-se líder do movimento separatista e declarou guerra ao governo imperial. O governo central reagiu rapidamente e com todos as forças contra as províncias separatistas. Muitos revoltosos foram presos, sendo que dezenove foram condenados a morte. A confederação foi desfeita, porém a insatisfação com o governo de D.Pedro I só aumentou.


Desgaste e crise do governo de D.Pedro I
Nove anos após a Independência do Brasil, a governo de D.Pedro I estava extremamente desgastado. O descontentamento popular com a situação social do país era grande. O autoritarismo do imperador deixava grande parte da elite política descontente. A derrota na Guerra da Cisplatina só gerou prejuízos financeiros e sofrimento para as famílias dos soldados mortos. Além disso, as revoltas e movimentos sociais de oposição foram desgastando, aos poucos, o governo imperial.Outro fato que pesou contra o imperador foi o assassinato do jornalista Libero Badaró. Forte crítico do governo imperial, Badaró foi assassinado no final de 1830. A polícia não encontrou o assassino, porém a desconfiança popular caiu sobre homens ligados ao governo imperial.Em março de 1831, após retornar de Minas Gerais, D.Pedro I foi recebido no Rio de Janeiro com atos de protestos de opositores. Alguns mais exaltados chegaram a jogar garrafas no imperador, conflito que ficou conhecido como “A Noite das Garrafadas”. Os comerciantes portugueses, que apoiavam D.Pedro I entraram em conflitos de rua com os opositores.


Abdicação
Sentindo a forte oposição ao seu governo e o crescente descontentamento popular, D.Pedro percebeu que não tinha mais autoridade e forças políticas para se manter no poder.Em 7 de abril de 1831, D.Pedro I abdicou em favor de seu filho Pedro de Alcântara, então com apenas 5 anos de idade. Logo ao deixar o poder viajou para a Europa.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/primeiro_reinado.htm

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Função do Sistema Nervoso
O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições.
A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, denominada neurônio, que é uma célula extremamente estimulável; é capaz de perceber as mínimas variações que ocorrem em torno de si, reagindo com uma alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso nervoso.
As células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um neurônio pode transmitir a outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando uma reação em cadeia.

Neurônios: células nervosas
Um neurônio típico apresenta três partes distintas: corpo celular, dentritos e axônio.
No corpo celular, a parte mais volumosa da célula nervosa, se localiza o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas.
Os dentritos (do grego dendron, árvore) são prolongamentos finos e geralmente ramificados que conduzem os estímulos captados do ambiente ou de outras células em direção ao corpo celular.
O axônio é um prolongamento fino, geralmente mais longo que os dentritos, cuja função é transmitir para outras células os impulsos nervosos provenientes do corpo celular.
Os corpos celulares dos neurônios estão concentrados no sistema nervoso central e também em pequenas estruturas globosas espalhadas pelo corpo, os gânglios nervosos. Os dentritos e o axônio, genericamente chamados fibras nervosas, estendem-se por todo o corpo, conectando os corpos celulares dos neurônios entre si e às células sensoriais, musculares e glandulares.

Células Glia
Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas células glia, ou células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar o seu funcionamento. As células da glia constituem cerca de metade do volume do nosso encéfalo. Há diversos tipos de células gliais. Os astrócitos, por exemplo, dispõem-se ao longo dos capilares sanguíneos do encéfalo, controlando a passagem de substâncias do sangue para as células do sistema nervoso. Os oligodendrócitos e as células de Schwann enrolam-se sobre os axônios de certos neurônios, formando envoltórios isolantes.

Impulso Nervoso


A despolarização e a repolarização de um neurônio ocorrem devido as modificações na permeabilidade da membrana plasmática. Em um primeiro instante, abrem-se "portas de passagem" de Na+, permitindo a entrada de grande quantidade desses íons na célula. Com isso, aumenta a quantidade relativa de carga positiva na região interna na membrana, provocando sua despolarização. Em seguida abrem-se as "portas de passagem" de K+, permitindo a saída de grande quantidade desses íons. Com isso, o interior da membrana volta a ficar com excesso de cargas negativas (repolarização). A despolarização em uma região da membrana dura apenas cerca de 1,5 milésimo de segundo (ms).
O estímulo provoca, assim, uma onda de despolarizações e repolarizações que se propaga ao longo da membrana plasmática do neurônio. Essa onda de propagação é o impulso nervoso, que se propaga em um único sentido na fibra nervosa. Dentritos sempre conduzem o impulso em direção ao corpo celular, por isso diz que o impulso nervoso no dentrito é celulípeto. O axônio por sua vez, conduz o impulso em direção às suas extremidades, isto é, para longe do corpo celular; por isso diz-se que o impulso nervoso no axônio é celulífugo.
A velocidade de propagação do impulso nervoso na membrana de um neurônio varia entre 10cm/s e 1m/s. A propagação rápida dos impulsos nervosos é garantida pela presença da bainha de mielina que recobre as fibras nervosas. A bainha de mielina é constituída por camadas concêntricas de membranas plasmáticas de células da glia, principalmente células de Schwann. Entre as células gliais que envolvem o axônio existem pequenos espaços, os nódulos de Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta.
Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, em vez de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, pula diretamente de um nódulo de Ranvier para o outro. Nesses neurônios mielinizados, a velocidade de propagação do impulso pode atingir velocidades da ordem de 200m/s (ou 720km/h ).


Nervos Gânglios
Condução de informações entre órgãos receptores de estímulos, o SNC e órgãos efetuadores (músculos, glândulas...)
Sinapses: transmissão do impulso nervoso entre células


Um impulso é transmitido de uma célula a outra através das sinapses (do grego synapsis, ação de juntar). A sinapse é uma região de contato muito próximo entre a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras células. Estas células podem ser tanto outros neurônios como células sensoriais, musculares ou glandulares.
As terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses simultâneas.
Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem sinapses estão muito próximas, mas não se tocam. Há um pequeno espaço entre as membranas celulares (o espaço sináptico ou fenda sináptica).
Quando os impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, ocorre liberação, nos espaços sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores ou mediadores químicos, que tem a capacidade de se combinar com receptores presentes na membrana das célula pós-sináptica, desencadeando o impulso nervoso. Esse tipo de sinapse, por envolver a participação de mediadores químicos, é chamado sinapse química.
Os cientistas já identificaram mais de dez substâncias que atuam como neurotransmissores, como a acetilcolina, a adrenalina (ou epinefrina), a noradrenalina (ou norepinefrina), a dopamina e a serotonina.

Sinapses Neuromusculares
A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é chamada sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação da substância neurotransmissora acetilcolina que estimula a contração muscular.
Sinapses Elétricas
Em alguns tipos de neurônios, o potencial de ação se propaga diretamente do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico, sem intermediação de neurotransmissores. As sinapses elétricas ocorrem no sistema nervoso central, atuando na sincronização de certos movimentos rápidos.
Fonte: http://www.webciencia.com/11_29nervoso.htm

EUA

A Formação dos EUA
O nome ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA surgiu em 1776, quando do 2° Congresso Continental da Filadélfia, onde se reuniram representantes das 13 colônias inglesas na América do Norte, que fizeram a opção pelo separatismo frente a metrópole e ao mesmo tempo resolveram promover a união das colônias (que se tornavam Estados livres) na América.Vale lembrar que as colônias eram independentes entre si, cada uma possuía seu governador e suas próprias leis.Ë interessante reparar portanto que os EUA eram um pequeno país, a soma das treze colônias, que ocupava a faixa do litoral Atlântico.
O mapa acima mostra a região das 13 colônias inglesas e destaca a região interior sob domínio francês.O mapa abaixo mostra o domínio inglês sobre os territórios do interior e de Quebec, fato que ocorreu após a vitória inglesa sobre a França na Guerra dos Sete Anos (1756 -- 63). Destaca ainda o território ocupado pelas 13 colônias, que deram origem ao primeiro país livre na América.
A formação territorial do país teve duas grandes fases:
-Ocupação continental: originou o território de mais de 9 milhões de km² dentro da América Anglo-Saxônica.
-Expanção maritima: ocupação de ilhas no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, algumas delas até hoje sob o domínio norte-americano.
O canal do Panamá
Antes de conhecer as características do canal do Panamá é preciso esclarecer o que é um canal. Canal corresponde a uma passagem quase sempre construída pelo homem utilizada pela navegação para atravessar uma determinada área continental, os canais mais conhecidos são Canal de Suez, Canal da Mancha e o Canal de Beagle.

O canal do Panamá se encontra localizado no istmo do Panamá, esse é um país com território situado ao sul da América Central, esse canal tem como objetivo unir o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, tem uma extensão de 82 km. O canal tem uma grande importância no fluxo marítimo internacional, que hoje corresponde a 4% do comércio mundial, por ano passam pelo canal cerca de 13 mil navios. As principais trajetórias saem do litoral leste norte-americano com destino, principalmente, à costa oeste da América do Sul, há também fluxo de origem européia para a costa oeste dos EUA e do Canadá.

No ano de 1821, o Panamá alcançou sua independência, uma vez que o seu território era unido à Colômbia, isso foi possível devido ao apoio norte-americano nas rebeliões de 1903, os Estados Unidos intervieram na região por causa de seu interesse no canal que era utilizado pelos americanos para ligar a costa oeste a costa leste, foi nesse período que o Panamá separou de vez da Colômbia. O canal do Panamá foi construído e inaugurado pelos americanos em 1914, para utilizar e controlar essa construção os EUA passaram a pagar uma anuidade ao governo Panamense como forma de indenização. Como a maioria dos países latinos passou por golpes militares, no Panamá não foi diferente, em 1968 ocorreu um golpe militar no qual o General Omar Torrijos tomou o poder, no ano de 1977 o general realizou um acordo com os EUA, para que a partir do ano 2000 a administração e o controle do canal passassem a ser das lideranças do Panamá, em 1981 o general morreu em um acidente de avião um tanto quanto suspeito. Após a morte do General Torrijos quem assumiu o poder foi o ex-chefe do serviço secreto, o General Manuel Antonio Noriega. Em 1989 Noriega anulou a eleição que fora vencido pelo opositor Guilherme Endara, temendo atingir os interesses americanos, os EUA enviaram tropas e invadiram o Panamá, colocando no poder Noriega. Em dezembro de 1999 foi realizada uma solenidade para entrega do controle do canal ao Panamá.

Doutrina Monroe
A Doutrina Monroe foi proferida pelo presidente James Monroe no dia 02 de dezembro de 1823, no Congresso norte-americano. Em seu pronunciamento, James deixou claro que o continente não deveria aceitar nenhum tipo de intromissão europeia sobre quaisquer aspectos, isto é, “América para os americanos”.

A ideologia da doutrina estava baseada em três princípios básicos: a impossibilidade de criação de novas colônias ao longo do continente, intolerância à interferência de nações europeias em questões internas e a não participação norte-americana em conflitos envolvendo países europeus.

A doutrina se colocava contra o colonialismo em terras do continente americano, isso é tão verdade que os Estados Unidos foram os primeiros a reconhecer a independência dos países anteriormente colonizados pela Espanha.

O que motivou tal doutrina foi a ameaça por parte da Santa Aliança (composta por países europeus como Áustria, Rússia, e França) de voltar a colonizar os países americanos.

Aparentemente, os Estados Unidos estavam fazendo frente à Europa para defender os países latinos, no entanto, o que estava sendo defendido eram somente os interesses norte-americanos.
Fonte:http://www.brasilescola.com/geografia/doutrina-monroe.htm

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Améria Anglo-saxônica


A América do Norte está localizada no extremo norte das Américas, é composta por apenas três países: Estados Unidos, Canadá e México, além de territórios de domínios europeus, como a Groenlândia (pertencente ao Reino da Dinamarca, com representação no parlamento) e Bermudas (dependência britânica). Os dois primeiros são os únicos do continente americano que estão inseridos no grupo dos países mais importantes político e economicamente, especialmente o primeiro, que possui a condição de maior potência mundial, já o terceiro configura-se como um país em desenvolvimento, ou seja, emergente.
Um fato determinante na atual condição dos países citados é o fator histórico, assim como todas as nações das Américas, os Estados Unidos e o Canadá também foram colonizados por Europeus, entretanto, o modo como foi desenvolvido foi diferente, pois enquanto o centro e o sul das Américas foram colônias de exploração, as nações em questão viveram um processo de povoamento. A América do Norte é também conhecida por América Anglo-Saxônica (de língua inglesa) ou América desenvolvida por ter sido povoada predominantemente por ingleses descedentes dos povos anglo-saxôes.

Aspectos naturais da América do Norte:

A América do Norte é banhada ao norte pelo oceano glacial Ártico, a oeste pelo Oceano Pacífico e a leste pelo Oceano Atlântico.

Relevo



Quanto ao relevo, a América do Norte apresenta basicamente três tipos, como ocorre em grande parte de todo continente americano.

• Porção ocidental: abriga uma série de cadeias de montanhas, muitas dessas são vulcões que se encontram em atividade e, pois isso, há uma grande ocorrência de terremotos. Dentre as muitas montanhas presentes as principais são: Cadeias da Costa, Sierra Nevada e as montanhas Rochosas.

• Porção oriental: corresponde a regiões onde se encontram planaltos e montanhas de idade geológica antiga e que, devido a isso, sofreu diversos e longos processos erosivos. Os principais planaltos são: Labrador (Canadá) e Monte Apalache (Estados Unidos). • Porção central: essa região abriga extensas áreas compostas por planícies, abrangendo também rios e lagos, as mais conhecidas são: as planícies de Lacustre (Canadá), do Mississipi (Estados Unidos) e a planície dos Grandes Lagos.

Hidrografia

A hidrografia da América do Norte é bastante diversificada, no território canadense os lagos predominam, existem pelo menos 150 mil lagos, grande parte de origem glacial. A maior concentração de lagos da América do Norte está localizada entre as fronteiras dos Estados Unidos e do Canadá, diante disso, os maiores e mais importantes são: Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontário, o primeiro possui 84 mil km2.

Quantos aos rios, no Canadá o que se destaca é o rio São Lourenço, isso por que serve como hidrovia entre os Grandes Lagos e o Oceano Atlântico. Nos Estados Unidos, o mais importante quanto à capacidade de navegação é o rio Mississipi, outros importantes são Colorado e Columbia, ambos utilizados na irrigação e na geração de energia elétrica.

Clima e vegetação da América do Norte

Devido à dimensão territorial, na América do Norte são desenvolvidos diversos tipos de composição vegetativa e climática, os principais são:

-Tundra: Tipo de vegetação que desenvolve a partir do degelo, é composto por liquens, musgos, ervas e arbustos de baixa estatura, isso proveniente do clima frio com invernos longos e rigorosos.

-Floresta Temperada: esse tipo de vegetação ocorre em regiões onde predomina o clima temperado, caracteriza-se por apresentar as estações do ano bem definidas com invernos frios e verões quentes, as florestas temperadas são compostas por árvores caducifólias e musgos, e presença de cedros, carvalho e pinheiro.

-Estepe e Pradaria: ocorre em áreas que possuem clima semi-árido, com temperaturas elevadas e longos períodos de estiagem, devido a essa adversidade, a composição vegetativa é bastante restrita com a presença de gramíneas e ausência de árvores.



-Vegetação desértica: desenvolve em regiões desérticas no sul dos Estados Unidos, na fronteira com o México, e também na região do rio Colorado. O clima é desértico, por isso é seco durante todo o ano.

-Savana: ocorre em lugares onde há incidência de chuvas regulares durante o ano e temperaturas sempre abaixo de 10ºC nas estações do outono e inverno.



-Vegetação de montanhas: Devido à altitude a temperatura tende a cair, assim, apresenta clima parecido com o clima frio, quanto à cobertura vegetal existem poucas formas presentes.

-Ausência de vegetação: ocorre em regiões da América do Norte que possui temperaturas muito frias, ou seja, polar. Essa adversidade climática não permite o desenvolvimento de nenhuma forma de vegetação.

Fonte:http://www.brasilescola.com/geografia/america-norte.htm




terça-feira, 24 de agosto de 2010

Rumo a independência

Movimento exigiu o retorno de d. João 6º
A Revolução Liberal do Porto foi um movimento militar iniciado em agosto de 1820 na cidade do Porto, ao norte de Portugal, espalhando-se rapidamente para outras regiões do país até chegar à capital, Lisboa. Nesse caminho, conquistou o apoio da burguesia, do clero, da nobreza e do Exército - enfim, dos mais importantes estratos sociais portugueses.

Embora tenha se passado na Europa, a Revolução de 1820 está intimamente ligada aos rumos da história brasileira no século 19. Em 1820, Portugal se encontrava numa situação de crise econômica, política e social. Em primeiro lugar porque, desde 1808, a Família Real não estava mais na metrópole, e, sim, no Brasil, para onde tinha fugido da invasão das tropas francesas lideradas por Napoleão Bonaparte.

A transferência da Corte portuguesa para sua maior colônia trouxe novos desafios para o rei e profundas conseqüências para Portugal. A abertura dos portos brasileiros, por exemplo, pôs fim ao monopólio comercial português sobre o Brasil, que havia perdurado durante praticamente três séculos. Essa medida afetou a economia lusitana e, em especial, a burguesia comercial do país, favorável ao restabelecimento da ordem anterior.

A nobreza, por sua vez, havia perdido uma série de privilégios que possuía até então como integrante da Corte portuguesa - agora, não mais em Lisboa, mas, sim, no Rio de Janeiro. Quanto ao Exército, desde a transferência da Família Real para o Brasil, ficou sob o comando do marechal inglês Beresford, a quem dom João 6° confiou o governo português durante sua ausência. Enfim, o cenário em Portugal naquele momento parecia contrastar com a suposta prosperidade e importância do Brasil. Não é difícil, portanto, entender por que cada um desses setores acabou apoiando o movimento de 1820.


A influência liberal
Naquele mesmo ano, outras regiões da Europa (como Espanha, Grécia e a cidade de Nápoles) passaram por revoluções liberais. Sob influência desses movimentos, as Cortes portuguesas também procuraram formar um governo liberal no país, subordinando a Coroa ao Legislativo (isso é, criando uma monarquia constitucional), garantindo direitos aos cidadãos portugueses e enfrentando a crise em que o país se encontrava.

Para atender ao último objetivo, as Cortes defendiam a volta imediata do rei para Portugal e o restabelecimento do monopólio comercial sobre o Brasil. Havia, portanto, uma visível contradição no movimento de 1820: se ele era liberal para os portugueses, em relação ao Brasil, a revolução buscava nada mais do que retomada do colonialismo. Atender às propostas liberais, portanto, significaria o retorno do Brasil à condição de colônia.

Enquanto elaboravam a nova Constituição do país, as Cortes portuguesas adotaram a Carta Magna espanhola, de inspiração liberal. Ao mesmo tempo, no Brasil, chegavam as primeiras notícias da Revolução do Porto. E, com elas, as divisões em torno do movimento iniciado em Portugal.


Divisões internas
As primeiras notícias da Revolução do Porto chegaram ao Brasil somente dois meses após o início do movimento. Logo a sociedade brasileira (incluindo os portugueses que viviam na colônia) se dividiu, fosse em razão das ambigüidades da própria Revolução do Porto ou mesmo dos seus interesses específicos.

Em linhas gerais, sob o ponto de vista ideológico, havia os que se prendiam ao caráter liberal e os que ressaltavam seu aspecto colonialista. Os primeiros acreditavam que a revolução acabaria com o absolutismo, garantiria ao Brasil a condição de Reino Unido e eliminaria os privilégios remanescentes. Os outros enxergavam no movimento a chance de restabelecer o monopólio comercial e os privilégios de que desfrutavam outrora.

Sob o ponto de vista dos interesses específicos de cada estrato social ou região, o Brasil também se dividiu. Nas províncias do Centro-Sul, predominou a posição contrária às reivindicações das Cortes portuguesas, como o retorno da Família Real à Europa. Muitos setores temiam perder os privilégios e o poder conquistados desde que dom João 6° chegara ao Brasil, quando a colônia fora elevada à condição de Reino Unido.

No Norte e Nordeste, contudo, a posição foi outra. Amplos setores tinham sido prejudicados pela autonomia dada ao Brasil desde 1808. Ao mesmo tempo, a preponderância do Rio de Janeiro - sede da Corte - sobre essas regiões sempre foi um fator latente de conflito. Também por isso, ali ocorreram as principais manifestações em favor da Revolução do Porto.

Embora o movimento de 1820 ameaçasse limitar seus poderes, dom João 6° assumiu uma postura conciliatória em relação às Cortes portuguesas. Contudo, a radicalização política no Brasil o forçaria a jurar fidelidade à nova Constituição portuguesa - que sequer existia, mas à qual deveria se submeter. No dia 26 de abril de 1821, a Família Real retornou a Lisboa, com exceção de dom Pedro, que assumiu a função de regente.

Mesmo com a participação de deputados brasileiros, as Cortes portuguesas terminaram se inclinando, em meio à ambigüidade de suas propostas, para uma posição em favor do colonialismo. O ponto de inflexão ocorreu em dezembro daquele ano, quando as Cortes exigiram a volta imediata de dom Pedro a Portugal. O que se viu a partir de então foi uma sucessão de acontecimentos que levariam à Independência do Brasil, em setembro de 1822.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/revolucao-do-porto.jhtm

Brasil livra-se da condição de colônia



Dom Pedro, em retrato do paraibano João Câmara Filho

Em 7 de setembro de 1822, o Brasil livrou-se da condição de colônia, conquistando sua independência política. O movimento de independência foi o resultado de uma forte reação das camadas sociais mais abastadas, às pretensões e tentativas das Cortes de Lisboa de restabelecer o pacto colonial.

Mas, para entendermos os acontecimentos que culminaram com o movimento de independência, é necessário considerar o período de permanência do governo português no Brasil. A partir daí ocorreram importantes transformações políticas, sociais e econômicas que marcariam os últimos anos do domínio colonial lusitano.

O estabelecimento do governo português no Brasil encerrou quatro séculos de monopólio comercial, ao mesmo tempo em que pôs em prática uma política de aumento de impostos. Porém, enquanto as mudanças nas relações comerciais da Colônia favoreceram a burguesia comercial inglesa (em detrimento dos comerciantes reinóis), o aumento de impostos prejudicou as camadas populares, parcelas da burguesia comercial, e até mesmo os grandes proprietários agrários.


Retorno do rei a Portugal
Assim, o descontentamento com o governo de dom João 6º. não tardou a se manifestar. Em 1817, eclodiu a insurreição pernambucana, que não teve êxito. Em 1820, o reino de Portugal foi palco da revolução Liberal do Porto. Os revolucionários lusitanos convocaram as Cortes Gerais. Entre suas deliberações, exigiram o retorno imediato de dom. João 6º. a Portugal. O monarca decidiu voltar, mas antes de fazê-lo concedeu poderes ao seu filho dom Pedro, para governar o Brasil na condição de regente.

As Cortes de Lisboa promulgaram uma série de decretos anulando os poderes regenciais de dom Pedro. Quando ficou evidente que as Cortes tinham por objetivo recolonizar o Brasil, começou a se formar uma ampla aliança anticolonialista, integrada por diversas forças sociais que compunham a sociedade brasileira daquele período. Mas as lideranças desses grupos divergiam profundamente sobre os rumos do movimento de independência.


Conservadores e radicais
Para os conservadores, a independência pressupunha tão somente a obtenção de autonomia administrativa e liberdade de comércio. Os radicais, porém, defendiam a ruptura com a antiga metrópole, e iam além, ao questionar as relações de dominação vigentes, baseada no trabalho escravo e na grande propriedade agrária. Os partidários do conservadorismo estavam vinculados aos grandes proprietários, ao comércio e à burocracia oficial. O representante mais notório do pensamento conservador foi José Bonifácio de Andrada e Silva.
Já os radicais tinham maior inserção entre bacharéis, letrados, padres, jornalistas, funcionários públicos e militares. Entre os defensores do radicalismo estão Gonçalves Ledo, Januário da Cunha Barbosa e Cipriano Barata. A união desse grupo heterogêneo resultou na criação do Partido Brasileiro, também conhecido por Partido da Independência, que daria sustentação social e política ao movimento de independência.


O "dia do Fico"

Pressionado pelas Cortes de Lisboa para regressar à Portugal, dom Pedro recebeu, em janeiro de 1822, uma petição com 8 mil assinaturas solicitando a sua permanência. Sua decisão foi tomada com base numa frase célebre: "Como é para o bem do povo e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico", que deu origem ao chamado "dia do Fico". A decisão expressou publicamente a adesão do regente à causa brasileira.

A partir de então, sucederam-se os atritos políticos com as Cortes de Lisboa. Ministros portugueses pediram demissão. Formou-se um novo ministério, e José Bonifácio de Andrada e Silva foi nomeado ministro do Reino e Negócios Estrangeiros. Em maio de 1822, o príncipe regente aceitou o título de Defensor Perpétuo do Brasil, oferecido pelo Senado da Câmara do Rio de Janeiro. Em junho, decidiu convocar uma Assembléia Constituinte. Em agosto, resolveu considerar inimiga as tropas portuguesas que eventualmente desembarcassem no Brasil.


"Independência ou morte"
As Cortes de Lisboa elaboraram um decreto que anulava os poderes de dom. Pedro. Este último acontecimento, teve como conseqüência a declaração formal de independência do Brasil, proclamada por dom Pedro em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo: "É tempo (...) independência ou morte (...) Estamos separados de Portugal". Em dezembro de 1822, ele foi coroado imperador do Brasil, tornando-se Pedro 1º. Iniciavam-se o Império e o Primeiro reinado.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u6.jhtm